Então, tudo tem um começo. Este é o post onde conto minha história.

Senta que lá vem história

Meu primeiro contato com design provavelmente veio quando conheci o Photoshop. Sou autodidata e naquela época o que mais gostava de fazer no computador era montagens toscas no Paint quando um amigo, chocado por eu fazer aqueles recortes complexos num programa tão limitado, me apresentou ao mundo da Adobe. Daí pra frente foi um caminho sem volta. Meu primeiro emprego foi em um estúdio de fotografia editando foto (isso foi em 2006, na era orkut e Hanna Montana, o suprassumo da tosquisse digital). Antes disso, quando estava para decidir qual vestibular iria fazer, uma amiga apresentou o curso de design, mas estava muito confusa de sair da cidade e arriscar fazer algo que não sabia se queria. No final das contas fiquei e fiz matemática, algo que até gostava, mas definitivamente não queria para minha vida. Quatro anos depois terminei matemática e passei no vestibular para Design.

Lembro de começar a faculdade com a certeza de querer trabalhar com editorial, mas na segunda aula, de design contemporâneo, me apaixonei por produtos. Durante quatro anos e meio meu foco foi produção de produtos e principalmente mobiliário. Trabalhei dois anos com design de interiores e realmente amava aquilo. Porém, quando fui mesmo para o mercado de trabalho com um diploma na mão não haviam muitos trabalhos aqui para design de produtos. Além disso, o mercado de interiores era, e ainda é, dominado pela arquitetura, tanto que muitos dos meus colegas pegaram seus diplomas de design e foram direto para a faculdade de arquitetura para seguir crescendo nessa profissão.

Eu, como uma boa aquariana teimosa e diferentona, montei meu estúdio de design com as melhores amigas que conheci na faculdade Tami e Bi. O mercado gritava por design gráfico, ainda tentei introduzir produto o quanto pude no estúdio, mas o que fazia mais sucesso por aqui era mesmo branding. Então, segui na onda. Até conhecer meu novo amor: UX design.

Até então já tinha feito muitos trabalhos com site, e era do tipo de me prendia mesmo. Só conseguia sair da frente do computador quando terminada uma tela ou resolvia algum problema cabeludo no código. Acho que herdei isso da faculdade de matemática, é como tentar resolver um calculo e dá errado, mas você fica obcecada pra descobrir o erro e só desliga quando consegue. Engraçado isso, porque no primeiro período uma colega de turma me falou que programação daria muito mais dinheiro que design — sábia garota!

Criando branding aprendi que o meu trabalho não é apenas fazer algo bonito e vendável, o que faço mesmo é gerar valor, despertar emoção e dar significado a projetos. Desde identidades gráficas, que chamamos de marcas, há uma peça de comunicação em redes sociais.

Já como web designer, eu criava ambientes digitais com a ideia de oferecer uma experiencia e transmitir esses valores para quem acessava os sites, mas como foram projetos muito institucionais todo o conceito de UX ainda não era tão explorado, porque meu foco era transmitir o que a marca precisava, o usuário acabava sendo mais telespectador e menos protagonista.

Com o evento da pandemia de 2021 todos nós fomos obrigados a transformar nosso ambiente de trabalho em algo virtual. Foi aí que percebi o choque de culturas, as pessoas estavam tendo muita dificuldade em adaptar suas rotinas, lojas, salas de aula e escritórios aos ambientes digitais. As tecnologias estavam aqui há anos, e-commerce, app de chats, Google drive, etc não eram nenhuma novidade, mas as circunstâncias de uso eram. E momentos como “todos estão me ouvido”, “seu microfone está ligado fulano”, “sua fala cortou”, “travou a tela”, etc passaram a ser problemas gerais. Tudo isso é consequência direta da ligação entre tecnologia e UX design.

UX design é uma espécie de ponte entre a tecnologia e os seres humanos. Entre tudo o que é engenharia tecnológica e algo usável por pessoas.

Então decidi ir a fundo e trocar meu status de designer para UX designer. Comecei o curso de profissionalização em UX do Google e aprendi como duas letras a frente de design muda completamente sua forma de trabalhar. E como é difícil realmente começar nesse braço do design.

Meu objetivo atual é me especializar cada vez mais em experiência do usuário, entender o papel do UX designer dentro do mercado de tecnologia e como ele impacta nossa vida cotidiana, principalmente entender como contribuir com mais acessibilidade e equidade para os novos usuários (baby boomers e geração X).

Atualmente sou UX/UI designer e Product Manager no Estúdio Infinito Criativo. Faço croché enquanto assisto Gilmore Girls nas horas extras. Sou fã do A-ha, cantora e dançarina amadora sozinha na minha casa. Você pode me encontrar em uma cafeteria pela cidade ou no Jardim Colab, mas pra falar a verdade isso é muito raro de acontecer, porque só vivo enfurnada em casa. ☺️

Posted by:annapgaud

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *