Há mais de 10 anos, entendi que o meu caminho era o design. Comecei com editorial de fotos e acreditava que seguiria o caminho do design gráfico. Mas em uma aula de design contemporâneo, já na faculdade, me apaixonei por produto. Eu já me arriscava com web design, mas nada que me tornasse profissional. A verdade é que quem viveu os anos 2000 e teve um blog conhece um pouco de CSS.
Porém, há um fato que aconteceu na primeira semana de aula que nunca saiu da minha memória. No primeiro semestre, eu ia e voltava de ônibus da minha cidade natal até Caruaru, onde fica a UFPE. Havia apenas uma menina da minha turma no ônibus e na primeira semana ela falou que ia desistir. Eu não entendi, foi a melhor semana de todas, eu estava encantada com o curso, com os professores, com tudo. Então ela me disse que também havia passado no curso de TI e isso ia dar mais dinheiro. Na época, achei ridículo, mas hoje não tanto.
Os anos passaram e, quando me formei, vi-me em um mercado de trabalho gritando por design gráfico. Então, deixei um pouco de lado produto para investir no que estava aquecido na época. No final das contas, sete anos se passaram e eu já não estava mais em sintonia com aquilo.
O fato é que me deixei levar muito por sonhos e pouco por estratégia. Não que uma coisa precise anular a outra, mas acredito que um equilíbrio seja fundamental.
Desde 2021, a voz da designer de produto tem gritado mais alto. Voltei a ver meus olhos brilhando quando estou estudando sobre UX design. Passei a me sentir muito mais empolgada criando interfaces e conceitos de usabilidade. Mas sempre que finalizava um projeto, esbarrava em FRONT END. Alguns projetos ficaram engavetados porque essa fase sempre vem acompanhada de complicações. E foi com o espírito de “Quer saber… eu mesmo faço!” que me vejo, atualmente, empolgadíssima em aprimorar o que aprendi em HTML e CSS, além de aprender realmente como funciona JavaScript.
Ouso até dizer que ter conhecimentos de front end pode ser uma grande vantagem para um designer de UI e UX, pois permite que ele tenha maior controle sobre a implementação de suas ideias e conceitos de usabilidade. Além disso, conhecer a lógica e as possibilidades do código pode ajudar a pensar em soluções mais eficientes e criativas para problemas de design, tornando o processo de criação mais fluido e integrado.
Então, senhoras e senhores, foi assim que tenho transformado meus dias e interfaces e códigos. E vou te contar, estou amando. Fiquei um pouco obcecada, sim. Mas tenho dado conta de otimizar meu tempo e pretendo compartilhar alguns dos projetos que tenho desenvolvido em breve.
Então, é isso. Como sempre, agradeço por me acompanharem nesta jornada de crescimento e aprendizado.
Até a próxima!