Minha história com o design é longa, tenho memórias antigas de criar coisas como roupas e móveis para minhas bonecas, como designer de interiores jogando The Sims ou criando colagens primeiro no Paint e depois no Photoshop, até meu primeiro emprego como editora de fotos em um estúdio na minha cidade natal, Arcoverde-PE. Isso tudo me levou a fazer a faculdade de design na UFPE em 2010 e quando tomei essa decisão imaginava que trabalharia com alguma coisa ligada a edição de fotos ou algo parecido.
Foi então que, logo no segundo dia de aula, na matéria de Design Contemporâneo ministrada pelo prof. Lorival Costa que me apaixonei pelo design de produto. Pronto, toda minha trajetória acadêmica passou a ser ligada a essa área, direta e indiretamente. Até o dia que, de fato, cortei o cordão umbilical da academia e parti para o mundo real.
O mercado me transformou em designer gráfico, e por muitos anos me dediquei a criação de logos e peças gráficas para comunicação e marketing. Não que isso foi algo ruim, pelo contrário, me ajudou a começar e ter uma vasta experiência em comunicação visual, mas não era bem onde estava meu coração.
O que aconteceu em 2020
Nós sabemos como 2020 foi um ano marcante. Profissionais das mais diversas áreas se viram em uma encruzilhada: se adaptar ou perder a fonte de renda. Foi quando as interfaces se tornaram a realidade de grande parte da população mundial. Por exemplo: professores que quase não interagiam com plataformas de EAD tiveram que se virar pra dominar essa nova sala de aula. Além disso, Escritórios se mudaram para os comutadores também. Já do lado de cá, percebi que o que era natural pra mim, era um desafio para outros, e isso me fez repensar meu lugar nessa realidade. Afinal, eu escolhi essa profissão porque queria criar para facilitar a vida das pessoas, fosse com peças gráficas que comunicassem algo ou com produtos que interagisse de forma positiva.
UX Design não era uma área tão comum em 2010, pelo menos na minha realidade, mas em 2020, fazia todo sentindo pra mim. ****Há essa altura já estava com mais de 30 anos e Saturno veio com força cobrando minhas escolhas já questionava muito todas as minhas decisões de vida, por isso, mudar já me parecia arriscado. Mas a pergunta que não calava era:
Como eu poderia usar meu conhecimento e habilidades para ajudar outras pessoas a se adaptarem?
O passo 1 foi estudar sobre UX Design, optei pelo curso Design de UX no Google Certificado profissional, falo mais sobre ele em outra ocasião. Daí ficou mais claro que era possível unir todas as habilidades que eu adquiri durante minha carreira em design, como a criação de layouts, design visual e comunicação, com a área de tecnologia, para criar experiências ricas e intuitivas para os usuários.
O que me leva para o passo 2: adquirir experiência. Já havia criado interfaces antes, sites institucionais principalmente. O desafio era maravilhoso, mas muito cansativo. Inclusive, aprendi Html e CSS na base da necessidade. Tudo o que eu precisava era um novo olhar para esses projetos e uma oportunidade de usar a lógica o UX para os próximos projetos. Felizmente, um cliente antigo e que está sempre aberto a novas ideias já desejava implementar um departamento de tecnologia na empresa e começamos melhorando o fluxo de trabalho da equipe. Pronto, o primeiro projeto significante que está rodando até hoje.
Isso me levou para outro cliente antigo que gostaria de criar um app para interagir com a maquina de reciclagem que ele havia desenvolvido. E foi isso, comecei a trabalhar em outros projetos, me aperfeiçoando cada vez mais em UX Design.
Atualmente estou no passo 3: aprender Ai para melhorar a interação de usuário com tecnologia.
Minha mãe tem 79 anos, vai para 80 em 2023. Ela sempre foi uma mulher independente, me criou sozinha, esteve a frente de tudo até, adivinha? 2020. Quando perdeu a autonomia para a tecnologia que não leva muito as pessoas da geração dela em conta. Por mais que se fale em acessibilidade e projetos como o Google Next Billion Users a realidade é que celulares, smart TVs, aplicativos e talas em geral não foram feitas para pessoas que não tem familiaridade com a linguagem digital.
Devemos aprender e seguir as diretrizes da WCAG (Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web), isso é indispensável! Mas e quando o usuário não entende a linguagem de ícones muito bem, ou simplesmente o mundo em que essa pessoa se desenvolveu era outro e agora há uma predisposição cognitiva menor para aprender a viver em um novo mundo?
Minha motivação é ver o quanto as inteligências artificiais está se movendo para deixar as ações e atividades em telas mais humanas. Essa semana o ChatGPT da OpenAi me animou bastante. Isso porque minha mãe levou muito tempo para entender que comandos como “reflexão do Evangelho de Mateus capítulo 2 versículo 1 a 2 e 7 a 12” não levam a respostas lógicas no Google, nem na Alexa. Essas ferramentas tem um poder vasto, mas respondem melhor a comandos específicos. Muitas vezes não tão familiares a que não cresceu buscando tudo no Google, mas conversando com outras pessoas.
Não estou falando que as pessoas não são capazes de aprender em qualquer idade. Mas que, quando se estuda sobre UX, a gente aprender que devemos fazer produtos focados nos usuários, mas na prática, usuários como minha mãe, amigos dela e muitos membros da minha familia que estão se virando para se adaptar ao produtos da revolução tecnológica.
Mas enfim…
A partir desse momento, decidi usar meus conhecimentos em UX Design para criar produtos que sejam intuitivos e simples para usuários de todas as idades. Estou estudando sobre inteligência artificial para aprimorar esses produtos e espero que mais pessoas possam usufruir desses serviços da melhor forma possível.
Agora me sinto preparada para dar o próximo passo na minha vida profissional. Estou decidida a usar meus conhecimentos para ajudar pessoas de todas as idades a ter acesso a todas as novas tecnologias. Estou me qualificando para criar aplicativos intuitivos e produtos que sejam acessíveis a todos, usando a inteligência artificial para melhorar a interação com o usuário. Estou ansiosa para começar a contribuir para o futuro da tecnologia.
Porque veja, o que você leu nesse parágrafo em itálico foi escrito por uma inteligência artificial com base no que escrevi até então. Não é perfeito, porque eu não escreveria bem assim, mas é o estado atual de entendimento e resposta mais humana. Promissor, não acha?
Nos próximos capítulos…
O plano é entender Ai e Machine Learning, pra isso estou começando o curso Programação básica: Python para iniciantes no Skillshare pra depois investir em algo mais profissionalizante. O plano é basicamente:
- Entender o básico ( já conheço Html e CSS pelo menos)
- Focar em Learn Machine
- Definir como aplicar isso em projetos de experiência de usuário
- Desenvolver alguma coisa com esses conhecimentos
Vamos ver no que dá.
Bonus
Perguntei ao ChatGPT Como unir conhecimentos de UX design e AI, olha a resposta:
Existem muitas maneiras de unir conhecimentos de UX design e AI. Algumas opções incluem:
- Utilizar AI para aprimorar a pesquisa de usuário. Por exemplo, é possível usar AI para analisar grandes conjuntos de dados de entrevistas ou testes de usuário e extrair padrões e insights que podem ajudar a informar o design.
- Desenvolver protótipos de interfaces de usuário que utilizem AI para oferecer sugestões e previsões personalizadas. Por exemplo, é possível criar um aplicativo de viagem que use AI para sugerir roteiros personalizados baseados nas preferências do usuário.
- Utilizar AI para otimizar o layout e o conteúdo de uma interface de usuário. Por exemplo, é possível usar AI para testar diferentes layouts e conteúdos e encontrar a combinação que resulta em uma taxa de conversão mais alta.
- Desenvolver soluções de design que utilizem AI para melhorar a acessibilidade. Por exemplo, é possível criar uma interface de usuário que use AI para fornecer descrições de áudio de imagens para usuários com deficiência visual.
Para unir conhecimentos de UX design e AI, é importante ter conhecimento em ambas as áreas. Isso inclui ter uma compreensão sólida de design de interação e experiência do usuário, bem como ter familiaridade com técnicas de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina. Além disso, é útil ter um bom entendimento das limitações e possibilidades da AI e saber como aplicá-la de maneira apropriada em soluções de design.
Além disso, é importante manter-se atualizado sobre as últimas tendências e desenvolvimentos na área de UX design e AI. Isso pode ser feito através de leitura de artigos e participação em conferências e eventos na área. Além disso, pode ser útil se envolver em projetos e iniciativas que misturem UX design e AI para adquirir experiência prática e aprender mais sobre como unir essas áreas de conhecimento.
Agora ao Notion Ai ideias do mesmo assunto. O que apareceu foi:
- Criar protótipos que usem tecnologia de inteligência artificial para ajudar a melhorar a experiência do usuário
- Utilizar dados coletados por meio de inteligência artificial para informar as decisões de design de UX
- Criar modelos de tomada de decisão para criar experiências personalizadas para os usuários
- Utilizar algoritmos de inteligência artificial para detectar erros de design de UX
- Desenvolver interfaces que aproveitem a tecnologia de inteligência artificial para fornecer recomendações personalizadas e automatizar tarefas
- Criar sistemas de feedback que utilizem inteligência artificial para ajustar o design da experiência do usuário
- Utilizar técnicas de aprendizado de máquina para criar modelos de comportamento de usuário
- Utilizar a análise de sentimento de inteligência artificial para refinar a experiência do usuário
- Criar sistemas que usam o reconhecimento de imagem e a inteligência artificial para fornecer recursos avançados e personalizados
- Desenvolver processos de design que usem inteligência artificial para ajudar a prever as necessidades dos usuários
Babado, né? O que você acha disso tudo?